
A crise de 1383/85 deve ser entendida como uma espécie de intervalo no filme a que todos estamos a assistir sobre a História de Portugal. E esta paragem era tão necessária para que os guionistas, os realizadores, os actores pudessem repensar os seus desempenhos… Mais, havia actores novos que precisavam de entrar em acção substituindo outros que demonstravam já grande cansaço.
Claro que estamos a falar dos homens e das mulheres da burguesia e do povo que irão ocupar o lugar de estrelas do filme anteriormente protagonizado por elementos do alto clero e da velha nobreza proprietária.
São esses novos actores que vão dar rosto (e corpo, e sangue por vezes) às personagens centrais da parte da história que agora se vai seguir - por sinal a mais extraordinária do filme a que estamos a assistir: a epopeia dos descobrimentos.
Vem aí, com efeito, a época mais gloriosa da História de Portugal. Preparem-se. Agarrem-se aos assentos. Ela vai começar.
Francisco Sérgio de Barros e Barros
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