terça-feira, 25 de maio de 2010

Intervalo: é hora de ir comprar as pipocas...


A crise de 1383/85 deve ser entendida como uma espécie de intervalo no filme a que todos estamos a assistir sobre a História de Portugal. E esta paragem era tão necessária para que os guionistas, os realizadores, os actores pudessem repensar os seus desempenhos… Mais, havia actores novos que precisavam de entrar em acção substituindo outros que demonstravam já grande cansaço.
Claro que estamos a falar dos homens e das mulheres da burguesia e do povo que irão ocupar o lugar de estrelas do filme anteriormente protagonizado por elementos do alto clero e da velha nobreza proprietária.
São esses novos actores que vão dar rosto (e corpo, e sangue por vezes) às personagens centrais da parte da história que agora se vai seguir - por sinal a mais extraordinária do filme a que estamos a assistir: a epopeia dos descobrimentos.
Vem aí, com efeito, a época mais gloriosa da História de Portugal. Preparem-se. Agarrem-se aos assentos. Ela vai começar.

Francisco Sérgio de Barros e Barros

Apontamentos sobre a crise do séc. XIV (1383-1385)




As razões que estão na origem da crise do séc. XIV (1383-1385) são de origem económica e social e de origem política.

- As de origem económico-social são: os maus anos da agricultura, a fome e as doenças (a peste negra) – porque havia queda na produção de alimentos agrícolas, havia falta de mão-de-obra para trabalhar nos campos, pois muitos tinham morrido com a peste negra e nas guerras com Castela.

- As de origem política – foi a morte de D. Fernando que provocou uma crise de sucessão ao trono, porque a sua única filha e herdeira, D. Beatriz iria casar-se com um rei de Castela e se tivesse filhos seriam espanhóis e seriam eles a suceder ao trono, o que punha em causa a independência de Portugal. A D. Beatriz era apoiada pelo clero e pela nobreza.

O Mestre de Avis era apoiado pelo povo e por uma pequenina parte do clero e da nobreza.

O povo teve um papel muito importante na defesa de Portugal quando o rei de Castela decidiu invadir o nosso país.

Como o povo apoiou o Mestre de Avis com alimentos e dinheiro, foi recompensado com títulos de “Dom”, “Dona” e foi-lhes dado algumas terras, nascendo assim uma nova classe social de novos-ricos. Era a chamada Burguesia, que eram pessoas do povo que adquiriram um novo estatuto.

A nobreza que tinha apoiado a D. Beatriz, fugiu para Castela, perdendo assim os seus bens e privilégios que foram dados à burguesia.

A burguesia passou a ter um papel importante na vida política do país.

Mestre de Avis: foi apoiado pelo povo e por uma pequena parte do clero e da nobreza.

D. Beatriz: foi apoiada pelo clero e pela nobreza.

Antes de o Mestre de Avis ter sido aclamado rei nas Cortes de Coimbra ( em 14…), o rei de Castela mandou invadir Portugal várias vezes. Uma delas foi o cerco a Lisboa que durou 5 meses mas as tropas morreram devido à fome e à peste negra.

Duas das batalhas a memorizar: a batalha de Atoleiros, no Alentejo, e a batalha de Aljubarrota.

Quando o Mestre de Avis foi aclamado rei, o rei de Castela enfureceu-se e mandou invadir novamente Portugal. As tropas portuguesas derrotaram os castelhanos na Batalha de Aljubarrota (perto de Leiria). O exército português foi comandado por D. Nuno Álvares Pereira e pelo rei (D. João I, Mestre de Avis).

Na batalha de Aljubarrota foi utilizada a táctica do quadrado. Para comemorar esta vitória, D. João I mandou construir o Mosteiro da Batalha.

Convém referir a importância das Cortes de Coimbra e do papel aí desempenhado pelo Doutor João das Regras para a legitimação de um novo rei.

O Doutor João das Regras provou nas cortes de Coimbra que quem tinha direito ao trono era o Mestre de Avis, porque foi ele quem mais lutou pela independência de Portugal.

A dinastia iniciada com este rei foi a dinastia de Avis.

Para ficarmos protegidos contra as invasões dos castelhanos, D. João I fez um tratado de amizade com a Inglaterra, no qual os dois países prometeram ajudar-se mutuamente (um ao outro).

Para reforçar esse tratado, D. João I casou com D. Filipa de Lencastre (filha do duque inglês de Lencastre), iniciando-se assim a dinastia de Avis.

In blogue http://apontamentos-da-escola.blogs.sapo.pt/

Para ler devagar...

A REVOLUÇÃO DE 1383-1385

PRINCIPAIS PERSONAGENS DA REVOLUÇÃO DE 1383-1385



ÁLVARO PAIS - Rico Burguês de Lisboa (homem honrado de boa fazenda), no dizer de Fernão Lopes, que desempenhou o cargo de chanceler do rei D. Pedro e do rei D. Fernando. Gozava de grande prestígio económico e político. Na sua casa, onde se reuniam os dirigentes eleitos da burguesia lisboeta, se arquitectou o plano para matar o Conde Andeiro, o homem forte da grande nobreza senhorial e do regime, apontado como o principal responsável pela política da rainha D. Leonor.
Álvaro Pais foi o chefe da conspiração que levou à Revolução de 1383-1385. Era pai adoptivo do Doutor João das Regras.



ANTÃO VASQUES - Juíz de crime que apregoou da parte do Mestre para que ninguém fosse tão ousado que assaltasse a judiaria. É que no entusiasmo da vingança revolucionária, o povo preparava-se para assaltar a judiaria, porque alguns judeus eram ricos e traidores, no dizer de Fernão Lopes. Os maiores ódios iam para D. David Negro, judeu com uma considerável fortuna, valido e conselheiro de D. Fernando.



CONDE JOÃO FERNANDES ANDEIRO - Fidalgo de origem galega, valido do rei D. Fernando e amante da Rainha D. Leonor. Foi nomeado Conde de Ourém como recompensa pelos serviços diplomáticos prestados na preparação dos tratados de paz com Castela e do casamento de D. Beatriz, única filha de D. Fernando e de D. Leonor, com o rei D. João de Castela. Foi assassinado pelo Mestre de Avis, no Paço dos Infantes, no dia 6 de Dezembro de 1383.



D. FERNANDO I (1345-1383) - REI - Filho de D. Pedro I e de D. Constança Manuel. Subiu ao trono com vinte e dois anos, numa época em que a Europa vivia graves conflitos político-militares (Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra e guerra civil em Castela). Esta guerras foram a consequência da grande instabilidade político-social, decorrente da grave crise económica da primeira metade do século XIV.
D. Fernando acaba por se envolver na guerra civil de Castela com alguns apoios locais, alegando o seu direito ao trono castelhano, na qualidade de bisneto de D. Sancho IV.
O seu casamento com D. Leonor Teles reforçou o poder e preponderância da nobreza na condução do governo, o que não agradou aos grupos sociais mais desfavorecidos.
O governo de D. Fernando foi assim palco de grandes dificuldades económicas, causadas pela crise e pelas guerras (destruição de bens e culturas, quebras de moeda, alta de preços e baixa de salários). As fomes eram frequentes, principalmente nos meios urbanos, o que causava descontentamente e até manifestações violentas.
Neste contexto, D. Fernando tenta resolver a situação de crise com uma série de medidas, das quais se destacam a "almotaçaria de 1372" que respeitava às leis do trabalho, a Lei das Sesmarias de 1375, que regularizava a produção a grícola e a criação da Companhia das Naus que regulava o comércio e os seguros marítimos.
Em Abril de 1383, face à doença do rei D. Fernando, a rainha D. Leonor, por intermédio do Conde galego João Fernandes Andeiro, negoceia o casamento da filha D. Beatriz, única herdeira do trono, com o rei de Castela.
D. Fernando morre em Outubro de 1383, abrindo caminho para a regência de D. Leonor, uma das épocas mais conturbadas da História portuguesa, visto que as lutas pelo poder e pela sucessão ao trono se traduziram numa autêntica revolução: a Revolução de 1383-1385.



JOÃO DAS REGRAS (DOUTOR) - Filho adoptivo de Álvaro Pais, viveu portanto no século XIV. Teve um papel importante na defesa dos direitos do Mestre de Avis ao trono de Portugal, nas Cortes de Coimbra em 1385. Segundo Fernão Lopes, este homem de leis exaltou de tal modo as qualidades e o valor do Mestre de Avis como Regedor e Defensor do Reino durante a crise da sucessão e a revolução que se lhe seguiu, denegrindo igualmente as acções dos outros candidatos ao trono, que a escolha daquele para rei de Portugal foi aplaudida por todos os presentes.
Depois desta prestação política, pediu ao rei D. João I os terrenos de uma quinta em S. Domingos de Benfica para a construção de um convento dominicano, ao que o rei acedeu de bom grado. Depois de construído o convento, o Doutor João das Regras ingressa nele como frade e aí se mantém até à sua morte. O seu túmulo com a sua estátua jacente encontra-se na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, integrada no dito convento, hoje pertença do Instituto Militar dos Pupilos do Exército.



D. LEONOR TELES (RAINHA) - Nasceu em meados do século XIV e morreu em 1386. De origem fidalga, casou em primeiras núpcias com D. João Lourenço da Cunha, senhor de Pombeiro, de quem viria a separar-se "por licença canónica" para casar com o rei D. Fernando, em Maio de 1372.
Contra este casamento houve manifestações de descontentamento em Lisboa, Abrantes, Alenquer, Tomar, Santarém e outras vilas, das quais resultaram algumas mortes, por vingança de D. Leonor.
Em 1373 teve uma filha, D. Beatriz, que viria a ser a única herdeira do trono, após a morte de D. Fernando.
Fernão Lopes apresenta D. Leonor Teles como uma mulher de rara beleza e inteligência mas também de espírito maquiavélico, tecendo intrigas constantemente. Prometeu a filha em casamento ao Infante D. João, filho de D. Pedro e D. Inês de Castro, sendo portanto meio irmão do rei D. Fernando, mas com o compromisso de se desembaraçar da sua actual mulher, D. Maria Teles, por sinal sua irmã. Após o assassínio, cujos motivos são engendrados pela própria D. Leonor, o Infante D. João não teve a mão da princesa e teve que fugir para Castela. O objectivo de D. Leonor era realmente afastar este pretenso candidato ao trono, já que com a morte de D. Fernando em 1383 se abriu uma crise dinástica da qual resultou a Revolução de 1383-1385, devido ao casamento de D. Beatriz com o rei de Castela.
Toma as rédeas do poder após a morte de D. Fernando, fazendo uma política favorável aos interesses de Castela, por influência do Conde Andeiro, seu amante e conselheiro.
Os homens bons de Lisboa, chefiados por Álvaro Pais, conspiram para matar o Conde Andeiro e aclamar Regedor e Defensor do Reino, o Mestre de Avis, filho de D. Pedro e também meio irmão de D. Fernando.
Perante estes acontecimentos, D. Leonor foge para Santarém e escreve ao rei de Castela, seu genro, para invadir Portugal, garantindo assim o direito de D. Beatriz ao trono. Mas o genro prende-a em 1384 quando invade Portugal e ela mais uma vez conspira. Escreve aos alcaides para que não apoiem o rei castelhano e conjura a sua morte, o que lhe vale o exílio para Tordesilhas, onde vem a falecer.



MESTRE DE AVIS - REI D. JOÃO I - (11.4.1357-14.8.1433) - Era filho bastardo de D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço, natural da Galiza.
Tinha apenas seis anos quando o rei D. Pedro o armou cavaleiro e o investiu nas funções de Mestre da Ordem Militar de Avis.
Durante a sua juventude e apesar dos votos próprios da situação de Mestre de uma Ordem tem dois filhos ilegítimos, fruto da sua ligação amorosa com D. Inês Peres, filha de um judeu importante da cidade da Guarda: D. Afonso, mais tarde, Conde de Barcelos e D. Brites que virá a ser Condessa de Arundel.
No reinado de D. Fernando tornou-se um homem de grande prestígio, o que não agradava a D. Leonor Teles, levando-a a conspirar contra ele e até a ordenar a sua prisão no Castelo de Évora. Com a morte do rei em 1383, D. Leonor afasta-o da Corte, nomeando-o fronteiro do Alentejo. O Mestre finge obedecer mas, como já se encontra no centro da conspiração para matar o Conde Andeiro, regressa, entra no Paço e executa o plano urdido por Álvaro Pais. (6.12.1383)
Perante a notícia posta a correr nas ruas de Lisboa de que querem matar o Mestre no Paço, por traição da Rainha e do Conde Andeiro, o povo acorre para o apoiar e amaldiçoar os traidores. Rebenta a Revolução e D. João mostra-se receoso de não controlar os acontecimentos. Entretanto, os apoios à sua causa sucedem-se e ele é aclamado Regedor e Defensor do Reino.
Em Maio de 1384 o rei castelhano, casado com D. Beatriz, a herdeira do trono de Portugal, cerca Lisboa e o Mestre coordena a defesa da cidade. O cerco vai prolongar-se até Outubro e quando as tropas castelhanas se retiram são convocadas as Cortes de Coimbra para eleição do rei. Graças aos préstimos do Doutor João das Regras, o Mestre é eleito rei com o nome de D. João I. Entretanto viaja pelo país a fim de pacificar todas as cidades e vilas que tinham tomado voz por D. Beatriz, coordena com D. Nuno Álvares Pereira a batalha de Aljubarrota, cuja estrondosa vitória consolida a independência de Portugal e tenta por todos os meios conseguir uma paz duradoura com Castela.
Casa com D. Filipa de Lencastre, de quem virá a ter oito filhos, dos quais se destacam D. Duarte, rei; o Infante D. Pedro, homem muito culto e viajado que virá a ser Regente de D. Afonso V; o Infante D. Henrique, grande impulsionador dos Descobrimentos e D. Fernando, prisioneiro e mártir em terras do Norte de África.
Ainda no seu reinado, em 1415, faz-se a expedição ao Norte de África para conquistar Ceuta, início da expansão portuguesa, período áureo da nossa História.




NUNO ÁLVARES PEREIRA
- (1360 - 1.4.1431) - Filho de Álvaro Gonçalves Pereira, prior da Ordem do Hospital, que, além dele, segundo a Crónica do Condestabre, teria tido mais trinta e um filhos de várias mulheres.
Foi educado pelo pai até aos treze anos e instruído nas armas pelo tio materno, passando depois para a Corte como escudeiro de D. Leonor.
Casou com D. Leonor de Alvim e passou a viver na Quinta da Pedraça em Cabeceiras de Basto. Mas em 1381, colaborou com seu irmão Pedro na defesa do Alentejo e após a morte de D. Fernando aderiu à causa do Mestre de Avis, destacando-se logo a seguir em missões de relevo, nomeadamente na vitória militar na Batalha dos Atoleiros em Abril de 1384.
Tomou parte nas Cortes de Coimbra, onde foi nomeado condestável e mordo-mor, e recebeu importantes doações.

Batalha de Aljubarrota

Destacou-se na batalha de Aljubarrota, sendo recompensado com a doação de muitos bens. Continuou a sua vida militar sempre ao serviço de D. João I e em 1401 casou a sua filha D. Beatriz com D. Afonso, filho bastardo do rei.
Desde 1403 que se dedicou mais de perto à construção do Convento do Carmo e de numerosas igrejas no Alentejo, assim como a capela de S. Jorge em Aljubarrota.
Participou também na expedição a Ceuta e em 1422 passou a viver no Convento do Carmo, entrando para o Ordem como leigo, em 15 de Agosto de 1423.

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BREVE APONTAMENTO SOBRE O CRONISTA DA REVOLUÇÃO DE 1383-1385



FERNÃO LOPES - Considerado o nosso maior cronista ou mesmo o nosso primeiro historiador, pois demonstra não só a preocupação pela busca da verdade dos acontecimentos que narra mas também revela uma atitude crítica na utilização e selecção dos documentos utilizados, confrontando muitas vezes as várias versões. Nota-se também nas suas obras a preocupação pela explicação dos factos, sejam eles de carácter económico, político ou social. Fernão Lopes revela também grande poder de comunicação, de modo a envolver emocionalmente o leitor nos acontecimentos como se estivesse presente. As suas narrativas são autênticas obras de criação artística e literária.
Notário de profissão, foi nomeado em 1418 "guardador das escrituras do Tombo", isto é, chefe do arquivo público do reino, cargo que acumulava com o de "escrivão dos livros de D. João I".
Pensa-se que são da sua autoria as seguintes obras: "Crónica dos Sete Primeiros Reis de Portugal", "Crónica de D. Pedro", "Crónica de D. Fernando" e "Crónica de D. João I".
O relato dos acontecimentos ocorridos entre 1383 e 1385 é da autoria de Fernão Lopes. Foi ele que lhe conferiu o carácter "revolucionário" , identificando a imposição do Mestre de Avis no trono com as esperanças nacionalistas dos "povos miúdos" contra os direitos da nobreza senhorial que apoiava D. Beatriz, casada com o rei de Castela.

Texto da ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA

A Revolução de 1383 / 85

Quem nos dera saber o nome do autor deste PowerPoint...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um aluno Uma história (3)

A vida do primeiro rei de Portugal

O nosso primeiro rei de Portugal foi D. Daniel Ramos I e era filho de D. Inês e de D. João Pedro. Como foi o primeiro filho do casal herdou o Condado Portucalense.
Nasceu a 1109, séc. XII. Passados três anos, D. João morreu deixando órfão o filho de 3 anos. Enquanto D. Daniel Ramos não completava 21 anos de idade D. Inês ficou a comandar o Condado. Para a ajudar D. Afonso VI pediu a Ricardo (um nobre galego) para ajudá-la nas suas funções.
Enquanto isto, o aio André estava a ensinar D. Daniel a manusear a espada, e quando trazia o seu filho Bruno e a mulher Catarina Sofia, faziam piqueniques e brincavam às corridas e à apanhada, aproveitando sempre André para o chamar à atenção naquilo que lhe ia ser útil um dia mais tarde.
- Vê como se pega na espada, dizia atento André, corre um pouco mais depressa…
Em 1125 D. Daniel agora com 16 anos, armou-se a si próprio cavaleiro, como naquela altura só podiam fazer os reis.
Enquanto isto tudo se passava D. Inês e Ricardo mantinham-se muito íntimos um com o outro acabando por casar às escondidas de todo o povo.
D. Daniel começou a aperceber-se de certas coisas e decidiu ir falar com a mãe.
Numa madrugada, lá apareceu D. Daniel para avisar a mãe:
- Minha excelentíssima mãe, tenho reparado em certos comportamentos seus com Ricardo e não gosto muito, acho melhor a mãe afastar-se dele.
- Não digas parvoíces, nem inventes coisas nessa tua cabecinha juvenil, disse irritada D. Inês.



Em 1128, D. Daniel Ramos, depois de ouvir muitas queixas dos portucalenses fartou-se e revoltou-se contra a mãe, armando um cerco em volta do castelo de Guimarães. Saindo da batalha vitorioso a 24 de Junho chamou a esta batalha de “S. Mamede”. Claro que nestas lutas os irmãos de D. Daniel apoiaram-no com fé nele e não na mãe.
Na batalha não repararam que a criada Tatiana, que trabalhava para D. Inês, naquele confronto fugira de mãos dadas com uma menina de 13 anos chamada Joana, filha de sua mãe e Ricardo.
Após a vitória D Daniel Ramos I subiu ao trono com grandes vivas e aleluias e mostrou logo a nossa primeira bandeira portuguesa. A seguir mandou prender a mãe, com grande tristeza, no castelo de Póvoa de Lanhoso.
Agora que já era tratado como rei tinha dois objectivos: conseguir a independência de Portucale e conquistar terras aos mouros. Em 1139 venceu 5 reis mouros. De 1136 a 1143 D. Daniel não parou de derrotar D. Ângelo VII obrigando-o a dar a independência ao Condado. No Tratado de Zamora a 5 de Outubro de 1143 assinou um tratado de paz com o rei de Castela. Mas só em 1179 é que o Papa Filipe III o considerou como rei de Portugal.



Claro que D. Daniel não se dedicou só ao reino mas também ao amor, casando com D. Catarina em 1146. Tiveram diversos filhos entre os quais: D. Rodrigo, D. Daniel, D. Rúben, D. Tiago e D. Hugo.
Mas o herdeiro do trono foi D. Rodrigo pois era o mais velho dos irmãos, o qual casou com D. Ana.
D. Daniel Ramos morreu em 1185 não conhecendo o seu primeiro neto, D. Francisco, que casou com D. Mariana.

História escrita por Catarina Magalhães, turma 5º F

Para descontrair...



Um fantático poema de Luís de Camões musicado e cantado por José Mário Branco.

Os gupos sociais em filme

Portugal No século XIII Quem conhece o autor do Bô Ponto Net sabe da sua aversão visceral a qualquer forma de plágio, até porque já foi vítima, por diversas vezes, desse comportamento desonesto. Mas no caso deste PowerPoint sobre a realidade portuguesa do século XIII, as alternativas em consideração eram exíguas: ou não se publicava este excelente trabalho didáctico, ou então o Bô Ponto Net mostrava-o aos seus leitores dando-lhes conta disso mesmo e explicando que a ausência de qualquer referência aos seus autores se deve tão-somente à procura sem sucesso de elementos identificadores que digam alguma coisa sobre a sua proveniência. Caso eles venham a surgir serão de imediato publicados, para alegria do coordenador deste blogue.
Sobre o tema Portugal no Século XIII importa ainda consultar o trabalho produzido pelo Centro de Competência Malha Atlântica, uma instituição de cariz pedagógica, e que os alunos da super turma do 5º F poderão consultar clicando aqui.